A votação aconteceu por meio de cédulas de papel inseridas em envelopes. Os senadores tiveram à sua disposição quatro urnas de recepção de votos.
A definição do presidente do Senado e a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional foram os dois acontecimentos registrados na segunda-feira, dia 1.º fevereiro, que marcaram uma nova configuração política no âmbito do Poder Legislativo.
A cada dois anos, obedecendo à Constituição, novas Mesas são escolhidas para comandar o Senado e a Câmara. A eleição dos novos membros da Mesa do Senado começou com a reunião preparatória às 14h, quando foi escolhido o presidente do Senado em votação secreta.
Em seguida, o presidente eleito tomou posse e definiu para amanhã, quarta-feira a realização de uma segunda reunião preparatória, dessa vez para a escolha dos demais integrantes da Mesa: dois vice-presidentes e quatro secretários (com os respectivos suplentes). O segundo biênio da 56º Legislatura terminará em 31 de janeiro de 2023.
A reunião preparatória pôde ser aberta com de 14 senadores, o equivalente a um sexto da composição do Senado. E, na forma do Regimento Interno do Senado a votação só começou com a presença da maioria absoluta da Casa (41 senadores).

Votação
A votação foi por meio de cédulas de papel inseridas em envelopes. Foram disponibilizadas quatro urnas no total: duas dentro do Plenário e duas fora. As urnas instaladas no Salão Azul e na Chapelaria foram destinadas aos senadores considerados do grupo de risco.
Os senadores foram chamados um por um, por ordem de criação do estado e de idade. Para votar, cada um recebeu uma cédula em papel. No caso daqueles que não estivessem no Plenário, a cédula foi colocada dentro de um saquinho plástico transparente, para ser levada até a Chapelaria ou ao Salão Azul. Na cabine foi disponibilizado uma caixinha com canetas, para uso do senador. Descartada em seguida. Houve, como previsto, votação no esquema drive-thru.

Trabalhos
O início dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional foi convocado para amanhã, quarta-feira, dia 3 de fevereiro. A sessão solene está marcada para as 16h.
Senado Federal e Câmara dos Deputados se reunirão para abrir a 3ª Sessão Legislativa da 56ª Legislatura. A cerimônia conduzida pelas novas Mesas das duas Casas marca a retomada das atividades do Poder Legislativo após o recesso parlamentar. Momento da prestação de contas e do anúncio das metas do Executivo e do Judiciário para 2021.

Rito
O rito de abertura dos trabalhos do ano legislativo acontece na maior parte das democracias. No Brasil, remonta ao período imperial, quando era conhecido como Fala do Trono, e foi inaugurado por Dom Pedro I, em 1823. Naquele tempo, o monarca comparecia ao Palácio Conde dos Arcos, a sede do Senado, no Rio de Janeiro (RJ), para comunicar o que esperava dos senadores e deputados naquele ano, durante uma concorrida cerimônia.
No período republicano, a tradição anual de remeter a mensagem presidencial ao Congresso foi iniciada em 1890, pelo marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente.
A presença do presidente da República na entrega da mensagem presidencial é opcional. O Palácio do Planalto envia o documento por meio do chefe da Casa Civil, cargo ocupado atualmente pelo ministro Walter Braga Netto, que é lido pelo 1º Secretário da Mesa do Congresso. No ano passado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se recuperava de uma cirurgia e não compareceu.
Depois de lida a mensagem presidencial, será a vez do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, fazer sua apresentação. Em seguida, deve falar o presidente eleito da Câmara. A sessão solene é encerrada com o discurso do presidente do Congresso. Os demais parlamentares não fazem uso da palavra.

Recepção
Antes da sessão solene, é feita a cerimônia externa de recepção das autoridades dos Três Poderes, que começa com a chegada de militares das três Forças Armadas.
Carros conduzindo os presidentes eleitos do Senado e da Câmara chegam à rampa de acesso ao Palácio do Congresso Nacional. O presidente do Senado será o primeiro a subir a rampa, cumprindo um rito tradicional: execução do Hino Nacional, hasteamento das bandeiras do Brasil e do Mercosul, salva de 21 tiros de canhão acionados pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha, e a revista à tropa.
O presidente da Câmara subirá a rampa em seguida. Ambos serão recepcionados no Salão Negro do Congresso, onde devem ser aguardados pelo presidente do STF, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e por integrantes da Mesa do Congresso Nacional, líderes partidários das duas Casas e outros parlamentares.
Em caso de chuva, a cerimônia será transferida para a Chapelaria do Congresso Nacional, sendo canceladas: a execução do Hino Nacional, a revista à tropa e a salva de gala de 21 tiros (Fonte: Agência Senado).

Presidentes do Senado e da Câmara chegam para a sessão solene do Congresso, em 2019. Agora, em 2021, quando será repetida a cena com outros personagens, a Covid-19 imporá as limitações. Se estiver chovendo a cerimônia será na Chapelaria.