Os salários estão no foco das discussões e os estados respondem negativamente alegando que estão quebrados.
Os tiros contra o senador Cid Gomes (PDT), no Estado do Ceará, expõem o acirramento de uma crise de segurança pública que levou o presidente Jair Bolsonaro a assinar um decreto na quinta-feira, dia 20, autorizando o uso das Fora Armadas no estado até sexta-feira, dia 21 de fevereiro.
O pedido foi feito ontem, antes do episódio com o parlamentar pedetista, pelo governador Camilo Santana (PT). As operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) só são aplicadas em caso de exceção, quando todos os instrumentos de segurança disponíveis já tiverem sido utilizados.
O motim dos policiais foi considerado inadmissível e perigoso pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. “Acho que uma greve de policiais, se não for controlada, é um grave sinal de anomia. É um perigo para as instituições. Nenhuma corporação armada pode fazer greve”, afirmou Lewandowski.
A insatisfação dessas categorias não se dá apenas no Ceará, onde travam embates com o governo estadual, pois as tensões em torno de reajuste salarial e condições de trabalho, estão colocadas também na Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais.