No sábado, dia 21, e no domingo, dia 22, as caixas rufaram no barracão Tia Gertrudes e nos demais barracões.
Muito rufar de caixas, balançar de bandeiras e a confraternização entre os grupos marcaram a retirada dos mastros nas matas da comunidade do Curiaú, na manhã de sábado, 21 de maio.
O ritual, um dos pontos altos do Ciclo do Marabaixo, reuniu festeiros dos barracões Berço do Marabaixo, Marabaixo do Pavão, Raízes da Favela (Dica Congó), Raimundo Ladislau e Campina Grande.
Neste ano, o ritual acontece de forma presencial, após dois anos sem ocorrer devido a pandemia da Covid-19.
Depois da retirada da madeira, as caixas rufaram ali mesmo, na rodovia AP-010, com a festa se estendendo para um grande almoço oferecido a festeiros e convidados.
“É um momento de interação entre os realizadores do Ciclo do Marabaixo 2022”, resume Solange Costa, representante da União Folclórica de Campina Grande. A comitiva do grupo estava marcando presença no momento tão esperado.

Apoio do Governo do Estado
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018, o Ciclo do Marabaixo recebe apoio do Governo do Estado, com investimento de R$110 mil, através da Secretaria de Cultura (Secult), divididos igualmente entre os grupos realizadores.
A programação também recebe apoio institucional da Fundação Estadual de Promoção da Igualdade Racial, a Fundação Marabaixo, órgão que substitui a extinta Seafro.

A retirada do mastro, além de se tratar de um ritual, é um dos pontos altos da festa para todos. (Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo).